Um levantamento recente revelou que a população em situação de rua no Brasil cresceu 25% em 2024. Esse aumento expressivo reflete os impactos da crise econômica, o desemprego elevado e a falta de políticas públicas eficazes para garantir moradia e inclusão social.
Cidades de grande porte, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, registraram os maiores aumentos, mas o fenômeno também foi observado em cidades menores, onde o suporte governamental é ainda mais limitado. A combinação de baixos investimentos em habitação, a inflação crescente e a precarização de empregos formais contribuiu para que muitas famílias perdessem suas residências e fossem forçadas a buscar alternativas nas ruas.
Organizações sociais e especialistas alertam que o problema é complexo e exige ações urgentes, como a ampliação de programas habitacionais, oportunidades de trabalho e iniciativas de assistência social. Sem isso, a tendência é que o número de pessoas em situação de rua continue crescendo, aprofundando as desigualdades e os desafios urbanos no país.
Distribuição regional:
• Sudeste: Concentra 63% dessa população, totalizando 204.714 pessoas.
• Nordeste: Abriga 14% do total, com 47.419 indivíduos.
Destaques estaduais:
• São Paulo: Lidera com 43% da população em situação de rua no país. O número subiu de 106.857 em dezembro de 2023 para 139.799 em dezembro de 2024. 
• Rio de Janeiro: Registra 30.801 pessoas nessa condição.
• Minas Gerais: Conta com 30.244 indivíduos em situação de rua.
Evolução histórica:
Comparando com 2013, quando havia 22.922 pessoas em situação de rua, o número atual é 14 vezes maior, evidenciando um agravamento contínuo ao longo da última década. 
Fatores contribuintes:
Especialistas apontam que esse aumento está relacionado a:
• Crise econômica: Desemprego e precarização das condições de trabalho.
• Falta de políticas públicas: Ausência de iniciativas eficazes em moradia, trabalho e educação.
Perfil educacional:
• 70% das pessoas em situação de rua não concluíram o ensino fundamental.
• 11% são analfabetas, o que dificulta a inserção no mercado de trabalho e perpetua a vulnerabilidade social.